Obviamente eu já esperava que a Marta fosse achar um jeito
de me deixar falar com o Mike, por Lúcifer; todos acreditam na minha atuação,
todos acham que eu realmente mudei, todos tem pena de mim, o que é a situação
perfeita para eu conseguir o que eu quero, até mesmo porque eu sempre consigo.
Mesmo que indiretamente a verdade é que o mundo todo está em minhas mãos, com
um pouco de manipulação, atuação, mentiras, e alguns objetos mortais eu posso
fazer do mundo o meu doce mundo sangrento, o que pode ser bem
divertido....Psicopata, eu?! É claro que não! Sou apenas uma linda garotinha
que aprendeu a lição, mudou, e agora é apenas mais uma boa cidadã americana.
Até estar com um canivete nas mãos, é claro...
Mesmo não ficando nem um pouco surpresa com a notícia eu
tinha que fingir, certo? Até mesmo porque o show tem que continuar...
Então, lá vai uma breve cena da minha reação quando soube
que - finalmente - poderia falar com o Mike...
- AH. MEU. DEUS - nem preciso dizer que a farsa toda já
começa ai, certo? Deus...Eu já mais falaria Deus quando posso falar Lúcifer, o
que posso fazer? A maldade está dentro de mim, a essência de Lúcifer corre em
minhas veias - Marta, você está falando sério?! Eu vou mesmo poder falar
com o Mike?! Tipo, de verdade mesmo?! - “Eu” estava completamente
fascinada pelo o que tinha ouvido, e exibia um grande sorriso no rosto -
- É claro que estou falando sério, Alicia! Eu sei o quanto
você ama ele, porque brincaria com uma coisa dessas?! - Que tal pelo fato de
ser divertido manipular e enganar as pessoas? Opa, sou eu que amo fazer isso,
não você... -
- Ah, Marta, eu te amo! Muito, muito, muito obrigada! - Dei
um longo abraço na enfermeira, que se contentou com a minha reação. Sim, eu
estava feliz por poder falar com o Mike, mas, prefiro guardar a minha
felicidade só pra mim, e, se eu consegui isso foi por mim mesma, o que eu
conseguiria sem a minha atuação? Absolutamente nada.
Algo estranho aconteceu quando eu abracei a Marta, bom,
seria algo estranho se eu não soubesse o porque disso acontecer. O que
realmente aconteceu? Eu comecei a pensar em algumas coisas, coisas totalmente
insanas. Podia ouvir a respiração da Marta, como se visse o sangue
pulsando...Ah, o que eu não daria para ver aquele sangue jorrando? Pude
imaginar aquele lindo rosto totalmente deformado e sujo de sangue; aqueles
belos cabelos claros transformados em um tom vermelho-sangue por mais uma das
minhas doces e inocentes brincadeiras com minhas vítimas, conseguia imaginar
até como eu fazia cada corte...
Álcool, cigarros, metanfetamina, sexo, sangue: era disso
que eu precisava, mais de um mês de abstinência estava me enlouquecendo,
felizmente eu consegui me controlar, mas, não sabia por quanto tempo
conseguiria. Posso não ser uma vampira, mas, meu desejo por sangue consegue ser
tão grande quanto o de uma, isso se não for maior...
Um dia depois e eu finalmente iria falar com o Mike, por
fora eu parecia totalmente ansiosa, nervosa e de todas as formas humanamente
normais que você poderia imaginar, mas, por dentro eu estava perfeitamente
calma, como sempre estou, já que é realmente raro algo me tirar do sério ou me
animar tanto ao ponto de eu realmente exibir felicidade ao extremo.
É claro que eu não falaria a verdade para o Mike, até mesmo
porque tudo aquilo seria filmado, e só poderíamos nos falar - mesmo pela
webcam - por apenas quinze minutos, e eu já tinha tudo totalmente
planejado na minha mente; um longo e chato discurso sobre como as coisas tinham
mudado e como eu sentia falta dele, encarando-o com um olhar mortal que dizia
“Eu estou mentindo, e sei que você sabe, faz parte do meu belo e mortal plano.
Te vejo em breve, cafetão.”
Além do mais, o Mike não é burro, tenho certeza que ele
estava fazendo o mesmo jogo de atuação que eu, já que ser uma boa pessoa em um
mundo tão futilmente idiota como esse trás vários benefícios; isso ao menos
nesse mundo, porque, no meu mundo boas pessoas são vítimas, vítimas tolas e
idiotas que sempre sofrem por não serem espertas ou más o suficientes para
algo. Realmente, deve ser triste ser vítima de um assassino em série, é uma
pena que eu não ligue...
Finalmente, a “grande hora” chegou, eu realmente estava com
saudades dele, não poderia deixar isso, mas, o fato de que tudo seria filmado diminuía
as expectativas em...Pense no maior número que conseguir e acrescente %, é, diminuía
as expectativas á esse valor.
Assim que nos vimos começamos a sorrir que nem dois
idiotas, o que foi o suficiente para sabermos que estávamos jogando o mesmo
jogo, o que, sem dúvidas já era total e completamente esperado...
- Oi... - Ele disse, tentando quebrar o gelo, ou, sei lá,
fazendo parecermos pessoas normais e não dois criminosos que poderiam ter um
ataque de riso a qualquer momento por todos estarem acreditando nisso tudo se
não tivéssemos que nos manter no personagem -
- Oi. - Eu respondi, ainda sorrindo - Eu estava com
saudades de você...
- Eu também senti sua falta... - awn, quanta fofura!
Dois assassinos agindo de uma forma totalmente fofa e romântica enquanto na verdade
queriam apenas transar. É incrível a forma como conseguimos demonstrar
sentimentos de uma forma que realmente parece verdadeira enquanto na verdade
nosso interior está mais frio do que uma pedra.- Como estão as coisas?
- Diferentes, muito diferentes, Mike...E-eu realmente não
sei por onde começar, e o fato de termos tão pouco tempo dificulta muito mais
as coisas. Eu me arrependi de verdade do que eu fiz, Mike, eu não consigo nem
pensar naquilo tudo sem sentir nojo de mim mesma, só de pensar em quantas
pessoas devem estar sofrendo agora pelo o que eu fiz, e na quantidade de
pessoas que me odeiam e que me queriam morta, que pensam que eu sou um
monstro...Acho que se eu pudesse voltar no tempo eu faria tudo diferente. -
Comecei a forçar lágrimas novamente. Eu fico tão bonitinha chorando de uma
forma falsa e dizendo coisas das quais eu não saberia repetir nem meia sílaba
se me perguntassem! Porém, eu não estava fazendo aquilo de qualquer forma,
ainda mantinha um olhar gélido, maléfico e um tanto sedutor, que dizia ao Mike
que aquilo era tudo uma simples farsa, e ele me encarava da mesma forma. -
- Eu sei como você se sente, Ali; até mesmo porque eu me
sinto da mesma forma, eu também estou arrependido do que fizemos e
disposto a mudar. - A maior parte da conversa foi esse puro blablablá sobre
como havíamos mudado, e como estávamos arrependidos e como nos sentíamos um
lixo por isso etc. e eu tenho toda a certeza que riríamos muito
lembrando desse momento em outra ocasião. Agora vamos a parte que interessa, ou,
como eu descreveria, a parte que arrancaria alguns suspiros de pessoas
românticas, ou como eu as denomino: idiotas.
- O nosso tempo tá acabando... - o Mike disse,
lamentando. Realmente poderíamos continuar por horas a fio mentindo daquele
jeito. Mentir com precisão é uma arte dominada por poucos embora não pareça,
acreditem. -
- É. Espero que deixem a gente se falar de novo...
- Eu também.
- Mas, independente do sim ou do não, estaremos sempre
juntos, não é, Mike? Sempre. Independendo de qualquer coisa, certo?
- Exatamente, não importa o que acontecer.
- Eu nunca vou me esquecer de você, Mike, não importa o que
aconteça depois disso tudo acabar. - Marta entrou no quarto, fazendo com que a
gente se despedisse, toda aquela conversa estava me dando nojo, fofura,
romantismo, arrependimento...Isso tudo pra mim é sinônimo de idiotice, além de
levar qualquer um a uma morte lenta e dolorosa.
XXX
Dois dias se passaram
e eu descobri que o Taylor iria me fazer uma pequena visitinha; talvez para
falar sobre a minha conversa com o Mike, ou simplesmente para ter certeza de
que sua missão de transformar a mim e ao Mike em pessoas totalmente corretas
estava sendo bem executada e prestes a chegar ao fim, o que realmente
nunca aconteceria. Mas, como eu sei perfeitamente quando eu tenho uma
oportunidade aquilo não seria só uma visitinha do Taylor, seria uma
oportunidade para sair daqui, uma parte da oportunidade, ao menos...
Para qualquer outra
pessoa sair daqui seria impossível por um bom tempo, mas, não pra mim. É preciso
ter uma inteligência de alto nível para ser um serial killer, e saber tirar
proveito de tudo é algo que eu sei fazer desde sempre, além de ser uma grande
sedutora, então, porque não usar esses meus dons ao meu favor? Eu tenho
sempre um plano que me deixa um passo a frente de qualquer situação, certo?
Dessa vez não era diferente, mas, para deixar tudo correndo perfeitamente eu
precisaria mostrar que minhas garras continuavam tão afiadas quanto antes um
pouquinho mais cedo para uma pessoa, e, essa pessoa seria a Marta. Porque? Ela
confia cegamente em mim, como se eu nunca tivesse perfurado o pescoço de alguém
a sangue frio, como se eu não fosse o ser mais cruel, maléfico e frio que já
existiu na história da humanidade, e, realmente, isso seria algo admirável, não
ter medo de ficar perto de mim porque eu havia mudado, mesmo sabendo todas as
coisas que eu fiz, seria algo muito nobre se eu realmente tivesse mudado e se
eu não achasse totalmente estúpido ela confiar tanto em mim. No meu mundo não se
confia nem na própria sombra, a não ser que você seja auto-suficiente para
conseguir se manter vivo a qualquer custo.
Bem vindo ao mundo
dos assassinos, doce presa.
Eu iria colocar as
minhas garrinhas para fora assim que a Marta viesse me dar um dos meus
remédios, e, como sempre, haveria atuação e diversão no meio, adoro brincar com
as minhas vítimas, é tão fofo! Eu poderia não matar a Marta agora, mas, a
manipularia, e ela seria minha vítima da mesma forma, uma vítima que poderia
sair viva no final se tivesse bom comportamento, ou ao menos poderia não ter
uma morte tão dolorosa assim...
- Alicia, trouxe o
seu remédio.. - Marta disse, batendo na porta do quarto -
- Ah, ok, pode
entrar.. - respondi, ainda como uma garota boazinha, a melhor parte do show vem
por ultimo... -
- O Taylor está no
aeroporto, estava resolvendo algumas coisas na Geórgia, estará aqui em mais ou
menos uma hora... - Marta abriu o frasco de comprimidos e me deu um deles,
junto com um copo d’água. Ao menos os remédios eram fortes, e, no fim, todos os
remédios são como drogas de qualquer jeito, só precisam de uma dose um pouco
maior para ter o mesmo efeito, talvez fossem aqueles remédios que me salvavam
da completa loucura lá dentro, por Lúcifer, não faço a mínima idéia de como
havia conseguido ficar tanto tempo sem ver sangue e não ter um surto psicótico
matando o primeiro ser vivo que visse pela frente -
- Ok. Você sabe sobre
o que ele quer falar comigo exatamente?
- Não...Ele não me
disse nada disso.
- Então pelo visto eu
vou ter que esperar pra saber.
- É.
- Marta, eu posso te
pedir uma coisa? - eu fiz uma voz fofa, e observei a mulher com um olhar da
mesma forma. -
- É claro, Alicia. O
que foi? - E o show finalmente começa...
- Você pode por favor
ir na sala de segurança e desligar as câmeras do meu quarto? - continuei fofa,
a atuação faz tudo ficar muito mais divertido -
- Porque você está me
pedindo isso, Alicia? - Marta parecia meio desconfiada, mas, ainda falava com
um tom normal, até um tanto inocente -
- Porque eu preciso
que as câmeras estejam desligadas. - agora eu já falava em um tom totalmente
frio, ou seja, meu tom natural -
- Pra que?
- Para sair desse
inferno, querida enfermeira. Um assassino sempre tem um truque na manga, eu
tenho o meu, mas, câmeras não estão no script... - Acho que vocês devem ter uma
pergunta em mente nesse momento. Porque eu simplesmente não vou lá e desativo
as câmeras? Sim, fazer o que estava fazendo com a Marta seria muito mais
interessante e divertido, mas, esse não era o único motivo. Existem câmeras por
todos os cantos desse lugar, e funcionários também, daria muito trabalho além
de ser muito suspeito apagar todos para poder desligar as câmeras com segurança
novamente, e, não, eu não iria arriscar, não jogo jogos incertos, a opção única
no meu jogo é vencer.
- A-Alicia...Você
deve estar tendo uma recaída...
- Recaída? De uma
melhora que nunca aconteceu? Hahaha. Não, Marta. O que eu estava fazendo até
agora tem um nome, e chama-se atuação. Sou uma boa atriz, não acha? Você não
deveria confiar em alguém de sangue frio, principalmente quando esse alguém sou
eu... - Eu sentia o medo em Marta, sentia pela forma como ela me olhava,
e aquela sensação era encantadora, depois de tanto tempo fingindo ser um anjo é
bom sentir o medo das pessoas por mim -
- Ok, Alicia. Você estava
fingindo desde o começo, mas, eu não vou desativar câmera nenhuma, você não
pode me obrigar. - Tão corajosa, tão idiota... -
- Jura? Pois alguém,
ou melhor, alguma coisa diz que eu posso... - peguei um dos meus canivetes, que
estava preso na lateral de minha calcinha. Sim, eu tinha um canivete o tempo
todo comigo, já mais tinha ficado sem ele. Como consegui isso? Eu tenho meus
próprios métodos, e sei sempre como agir, não poderia contar a ninguém que
ainda tinha o meu queridinho sobre meu domínio, porque, como eu disse, no mundo
da vida ou morte não se confia em ninguém. Mas, agora uma pergunta: Se eu tinha o
canivete o tempo todo, porque eu não ameacei pessoas antes? Porque a jogada tem
que ser precisa. Eu sempre sei como jogar, paciência é uma virtude que é
necessária quando se quer vencer, até mesmo no mundo dos crimes. Paciência,
boas estratégias, inteligência, perspicácia, coragem e as armas certas.
No geral isso é o necessário para ser um assassino e para sair de qualquer
situação, mas, um toque pessoal faz toda a diferença. - Marta, eu acho que você
sabe que eu já degolei pessoas por muito menos do que um enfrentamento com
falsa coragem, não é? - rondei a enfermeira, com passos lentos e misteriosos,
deixando a lâmina do canivete bem perto do pescoço da mulher. - Acalme-se, eu
não vou te matar; não ainda. Apenas faça o que eu estou mandando e o que eu
mandar futuramente e sua vida estará perfeitamente á salvo, estamos entendidas,
não é mesmo?
- S-sim. Vou desligar
as câmeras. - Marta disse, ainda com medo. -
- Ótimo! Que bom que
concordamos! Mas, lembre-se, nem um pio. Estou em uma séria abstinência de
sangue, não sabe como eu tenho vontade de perfurar seu lindo pescoço da forma
mais brutal possível, então uma falha e você estará morta antes mesmo de piscar
novamente, estamos entendidas?
- Sim.
- Ah, mais uma
coisa...Tire as fitas das câmeras do quarto e dê elas pra mim, também apague a
cena que acabou de acontecer, ok? Acho que você não quer que ninguém saiba
desse momento para o seu próprio bem.
- Ok, eu vou fazer
tudo que você mandou. - A mulher saiu do quarto, me deixando sozinha. Ah,
doce e sangrenta vida! Como é bom poder agir como mim mesma novamente, mas, o
show ainda não acabou.
XXX
Sedução. Isso resume
o meu próximo passo no jogo. A vítima? Taylor. Realmente eu sentiria nojo de
mim mesma e tomaria no mínimo uns cinco banhos depois do que faria, mas, o que
eu não faço por liberdade? Aliás, o que eu não faço nem que seja por um fio de
cabelo?! Hahaha
Coloquei uma roupa
bem sensual: um sutiã preto, com spikes em prata e um short de couro super
justo e curto, era bom vestir uma roupa que não fosse aquela roupa ridícula da
clínica psiquiátrica para variar, mesmo ainda estando trancafiada lá.
O Taylor finalmente
entrou no quarto, o que deu inicio a mais uma captura á presa.
Eu sou como uma
pantera negra, misteriosa, impetuosa e sedutora, capaz de fazer tudo pelo o que
eu quero, tudo mesmo.
- Oi. A-alicia... - o
agente estranhou me ver vestida daquela forma -
- Olá, agente Taylor!
A quanto tempo... - falei, com uma voz sedutora e ao mesmo tempo inocente -
Algo te incomoda? Porque parece surpreso?
- Porque você está
vestida com essa roupa, Alicia?
- Que roupa? Eu não
vejo nade de diferente ou errado com a minha roupa, Taylor... - Me levantei da
cama sensualmente - Se eu chegar mais perto de você será que poderia me mostrar
exatamente o que está achando inusitado na roupa que estou usando? - Fui o mais
sexy que pude, chegando cada vez mais perto dele, hipnotizando-o-
- Porque está fazendo
isso, Alicia? - Awn, Taylor, seu ato de resistência contra a minha sedução me
admira... -
- Isso o que, Taylor?
Pode me dizer exatamente o que estou fazendo? - estava olhando diretamente para
os seus olhos, que logo se direcionaram aos meus seios. Mais, eu precisava provocá-lo
mais, e sabia como: desabotoei os primeiros botões da camisa social que ele
vestia, sentindo delicada e sensualmente seu abdômen definido. Eca. Sentia nojo
por estar fazendo aquilo, mas, precisava, e eu sou capaz de qualquer coisa para
ter o Mike e o meu reino sangrento de volta. -
- E eu achei que você
realmente tinha mudado.. - Ele disse, sussurrando, ainda seduzido -
- Eu realmente me
arrependi do que fiz, Taylor, me arrependi de matar, mas, eu sei o jeito como
você me olha, você sempre foi atraído por mim, e eu estou em uma grande
abstinência de sexo, queridinho... -sussurrei aquilo em seu ouvido, massageando
o seu pescoço - Apenas diga a verdade, querido agente...Você me ama, não é?
Você sabe que sim. Você se sente atraído por mim e me quer, não negue,
Taylor...
- Não poderia negar
de qualquer forma. Não conseguiria, você é sexy de mais para eu conseguir fazer
isso, Alicia. - Taylor se virou para me encarar, me beijando ferozmente e me
jogando na cama. Eu tinha que dar um basta nisso, não iria transar com ele, já
não bastava ter que beijar o idiota, transar, já mais. -
- Acho melhor a gente
parar com isso agora. - Eu disse, depois de alguns minutos recebendo beijos em
pares variadas do meu corpo -
- Mas, porque? Ainda
nem começamos...
- Eu sei, mas, a
Marta pode aparecer a qualquer momento, está perto da hora de um dos meus
remédios, além do que é arriscado de mais, não é? O chefe do FBI e a assassina
em série recém capturada; belo casal.
- Você tem razão.
- Mas, você volta,
não é? - coloquei novamente o meu tom sensual na voz -
- Sim, semana que
vem, e mal posso esperar...
- Só semana que vem?
- Negócios são
negócios, Alicia, embora eu preferisse muito mais passar o meu tempo com
você... - Ele saiu do quarto, o que me fez ir até o banheiro, lavar a boca,
escovar os dentes e tomar banho umas 9 vezes cada, eca, aquilo havia sido
nojento, nojento e extremamente útil. Ainda fico assustada com o meu poder de
sedução, embora adore possuí-lo...
Depois de algum tempo
a Marta foi no meu quarto, dizendo que havia feito tudo que eu tinha mandado e
me dando as fitas das câmeras, até que ela estava sendo bem prestativa...
XXX
Uma semana se passou, e era o dia em que o Taylor havia
prometido vir me ver de novo, ou seja, o dia da grande jogada. Nervosa? Nem um
pouco, mas, completamente ansiosa para ver a cara do Taylor quando descobrisse
tudo que eu havia tramado.
Peguei o notebook que eu havia conseguido no dia em que fiz
um ato de vandalismo nesse inferno de forma que a câmera dele pudesse filmar
toda a minha ceninha, e deixei tudo pronto para poder salvar o vídeo e enviar
para três e-mails diferentes: o do Mike, o da Belly, e do Ashley, além de que
eu faria várias cópias dele, quando tudo já houvesse voltado ao normal. É claro
que eu não mandaria o e-mail assim, só com o vídeo, mas, também com uma mensagem:
“Meu passaporte para fora do inferno, não pergunte como. Apenas salve o vídeo,
nos vemos em breve..”
Dane-se se o Mike não podia acessar o e-mail, uma cópia a
mais sempre é bom.
Dessa vez, não me vesti de forma especial, e fiz questão de
parecer bem inocente, precisava disso para que o plano corresse totalmente bem.
O Taylor entrou no quarto, já procurando por diversão sedutiva.
- Oi, Alicia, eu voltei... - ele disse, me observando com
desejo -
-Oi. - eu fui inocente, como se nada tivesse acontecido na
semana anterior -
- Porque você está tão séria hoje, Ali? Não quer...Brincar
um pouquinho? - Ele disse, se aproximando de mim, eu, como sempre encenando fiz
cara de confusa e assustada -
- B-Brincar? Taylor, do que você está falando?
- Não se faça de santinha, Alicia, você sabe o que eu quero
e eu sei que você também quer... - Ele chegou mais perto, tentando tirar minha
blusa, mas, sendo impedido, já que eu me afastava lentamente, fingindo estar
com medo -
- D-do que você tá falando? Porque você está agindo assim,
Taylor? V-você está bêbado?
- Bêbado? É claro que não, Ali. Não se finja de inocente,
vamos logo, queridinha, você sabe que eu quero sexo.
- S-sexo? Taylor, você tá ficando maluco?! - eu comecei a
chorar, parecendo totalmente assustada e traumatizada, awn, que fofa -
- Cansei desse fingimento, Alicia! Tire a roupa, vamos
começar... - ele segurou um dos meus braços, me fazendo gritar -
- Me solta! - puxei o meu braço de volta, induzindo mais
ainda o choro e me afastando vagarosamente sendo seguida por ele, até chegar a
um ponto onde eu poderia cobrir a câmera do notebook - Obrigada, Taylor,
consegui o que eu queria.
- Hã? - ele estava confuso -
- Nada. - Dei um chute nas partes íntimas dele, fazendo-o
cair no chão de dor, e logo peguei o notebook, enviando o vídeo que havia
acabado de fazer, e fazendo várias cópias.
- O que foi isso, Alicia?! - Taylor perguntou, irritado -
- Isso sou eu enganando você, queridinho. Agora eu e mais
algumas pessoas tem um vídeo em que parece que você quer abusar sexualmente de
uma inofensiva e inocente adolescente que está em uma clinica psiquiátrica, e
se você não me tirar daqui, tirar o Mike do reformatório e nos fizer ter a
liberdade que tínhamos antes de sermos trancafiados em duas versões do inferno
esse vídeo vai para a policia. Não só para a policia, mas, também para a sua
querida esposa.
- Como você sabe que eu sou casado?
- Eu sei de tudo, queridinho. Mas, pelo visto, você não. Se
sentiu tão atraído por mim...Você foi muito idiota de achar que eu realmente
queria algo com você.
- Eu não acredito que você fez isso! Você é doente, Alicia!
Doente!
- Awn, Taylor! Você acha isso de mim? Vou usar uma linda
frase do meu querido ídolo, Assassino do Zodíaco como resposta, ok? “Eu não sou
doente. Eu sou insano.”
- Sua assassina barata! Eu não acredito que eu caí nessa
sua armadilha suja!
- É, Taylor, nem eu acredito que você caiu nisso, mas,
agora, você terá que fazer o que eu quiser, e, nunca é tarde de mais para
aprender a lição, e aí vai ela: Nunca acredite em garotas sensuais com sangue
frio.
---
Comentários ou cortes extremamente dolorosos que farão o seu lindo sangue escarlate jorrar docemente saceando minha sede de morte?
Cutting & Blood'
*xoxo*
Lady Suicide'
-->*<--