Hey, Hey, Hey!
Olá, mortos-vivos! Como vão? Esse capítulo é muito, muito especial pra
mim, porque como devem perceber pelo título, ele marca a volta da Ali e
do Mike como os criminosos que são, estão ansiosos? Espero que sim!
Boa Leitura!
2ª Temporada - Capítulo 10
The Killers Are Back!
O que o casal de assassinos mais famoso da atualidade poderia fazer
depois de ir ao inferno que é a escola? Nada mais, nada menos do que dar
uma entrevista. É ótimo saber que as pessoas e a mídia estão sendo
idiotas ao suficiente para repassarem essa imagem de bonzinhos minha e
do Mike a diante...Tolos, não? Completamente. É um prazer e tanto saber
que não vai demorar muito para podermos voltar à doce vida dos crimes.
Câmeras
ajustadas, maquiagem pronta, é hora da entrevista. Como eu me sinto
sobre isso? Sentir é realmente uma palavra que eu deixo para casos muito
especiais. Ter o controle total de uma situação, e praticamente, o
mundo em suas mãos, faz com que eu não pense muito em sentimentos ou no
nervosismo que uma pessoa normal, provavelmente, sentiria estando no
lugar em que eu e o Mike estávamos nesse momento. Mesmo não sabendo
exatamente as perguntas que seriam feitas, as palavras estavam
totalmente ensaiadas em minha mente, algo que pareça inocente, bondoso,
deixando um toque enigmático com o olhar, que apenas as pessoas que não
são manipuladas facilmente podem perceber. Falsa, eu? Apenas jogo o jogo
como ele exige ser jogado. Algumas pessoas dizem que a vida é cruel,
mas isso, é uma mentira. A vida é um jogo, basta apenas você saber
jogá-lo...
O repórter finalmente entrou na sala, sentando-se em
uma cadeira entre mim e o Mike e apertando nossas mãos. Não aparentava
estar com medo, até mesmo porque não seria nada bom para o programa se
até mesmo o repórter aparentasse estar com medo de nós dois. Porém, ao
apertar a mão dele, pude perceber que ele tremia, denunciando medo, ou
ao menos, um pouco de nervosismo pelo o que teria que fazer. Em sã
coinsciência, o que esses idiotas têm em mente? Somos criminosos,
assassinos, e daí? Para todo o mundo nós mudamos de verdade, certo? O
que eles pensam? Que vamos levantar das cadeiras do nada e começar a
atirar em todo mundo, sendo que aquilo tudo está sendo gravado? É
realmente um desperdício de tempo conviver com esse tipo de
gente...Mesmo depois de termos mostrado ser assassinos em série do tipo
organizado, que pensam em cada passo antes mesmo de respirar, eles
realmente pensam que se não tivermos mudado de verdade, vamos mostrar
isso de forma tão clara e repentina? Idiotas. Covardes tem uma
capacidade especial de fazer algo impossível parecer uma coisa natural
do dia dia.
– Alicia, Mike...É realmente um prazer está aqui com
vocês - o repórter disse, sem aparentar nenhum receio, que foi uma
atitude digna de respeito, em minha opinião, embora eu ache que ele
estava agindo desse modo somente por questões de trabalho. -
–
Pra nós também... - Mike disse, segurando minha mão, como o sinal de
largada de uma corrida, embora estivesse mais para: "Luz, câmera e
ação". -
– Acho que vocês provavelmente devem estar cansados de
responder perguntas típicas como "Vocês realmente mudaram?", "Por que
fizeram tudo aquilo?", e é exatamente por isso que iremos modificar um
pouco esse estilo de pergunta. Queremos dar uma pequena voltinha no
passado de vocês, para descobrir as reações de vocês com as
investigações sobre a identidade do Assassino X completamente mal
sucedidas, sobre os recados deixados à polícia, e sobre o porque de
terem se entregado, tudo bem? - o repórter perguntou, meio relutante
sobre a nossa reação à pergunta -
– Claro... - respondi,
sorrindo brevemente - Vai ser ótimo responder tipos diferentes de
pergunta...Até mesmo porque eu não faço mais ideia de como dizer que
realmente mudamos de uma forma diferente do que já dissemos, a não ser
que eu fale isso em latim. - brinquei, fazendo o policial rir.
E a presa fica exatamente onde a águia deseja...
–
Bom, vamos começar com as perguntas...Como vocês conseguiram esconder a
identidade do Assassino X por tanto tempo, não deixando nenhum vestígio
se quer dos crimes, a não ser os recados propositais? E, aproveitando a
deixa, de onde eles surgiram? Vocês tiveram alguma base para fazê-los?
Como eram idealizados?
– Para termos conseguido não deixar nenhum
vestígio se quer da identidade do Assassino X, tivemos que pensar em
cada passo que daríamos antes de executá-lo. Luvas, conhecimento em
tecnologia, para hackear computadores que controlam câmeras de
segurança...Tudo isso foi necessário. No geral, em um assassinato
organizado, é bem mais trabalhoso fazer com que o crime não deixe nenhum
vestígio, protegendo sua identidade, do que executar o assassinato em
sí. Quanto aos recados, eles eram idealizados totalmente pela Ali... -
Mike disse, dando a deixa para que eu prosseguisse -
– Os recados
surgiram a partir de uma ideia louca que eu tive, um pouco baseados,
inicialmente, nas cartas que o Assassino do Zodíaco enviava para a
polícia e para os jornais, provocando todo um impacto na mídia, e era
essa a minha intenção inicial. Sim, os recados eram realmente feitos do
sangue das vítimas. Eu colocava o sangue em latas de tinta spray, com
luvas, obviamente, e os escrevia, usando a mão esquerda para que a
caligrafia não fosse identificada. - revelei, de forma calma e
tranquila, porém, aparentando um pouco de nervosismo no olhar, por estar
revelando isso em um vídeo que seria, futuramente, mostrado na
televisão, e visto por milhões de pessoas. Para que serve ser o alvo das
câmeras, se não para atuar?
– Acho que isso muda um pouco o
ponto de vista das pessoas...- indagou o repórter, parecendo estar
pensativo - Falam de assassinos com tanto medo, tanto horror...E na
verdade, quando do tipo organizado, como vocês eram, há realmente uma
grande genialidade por trás disso tudo, com pessoas totalmente normais
de forma psicológica, é um grande mistério... - ele parecia estar cada
vez mais fascinado por aquilo que dissemos, como se nos idolatrasse -
Prosseguindo com a entrevista, qual era a reação de vocês quando tudo
passava na televisão? Os policiais chocados, tentando achar um jeito de
explicar tudo o que acontecia, buscando uma forma de encontrar os
culpados...Como vocês reagiam?
– Era engraçado. - eu comentei,
pensando em como prosseguir - Era engraçado ver todos olhando aquilo
horrorizados, procurando por algo que nunca iriam achar. Acho que quando
se pensa em um assassino, as pessoas idealizam uma pessoa totalmente
macabra, que idolatra o mal, a morte, ou algo do tipo, como alguém que
realmente é maligno ou algo do tipo, mas, é tudo bem diferente...Pela
minha experiência própria no ramo, toda a parte divertida nisso é ver
como as pessoas se assustam, achando que você é um psicopata maluco que
quer todas as 7 bilhões de pessoas do mundo mortas, quando na verdade,
você é só mais uma pessoa no meio de todas elas, que faz isso meio que
por diversão, achando graça na forma como as pessoas se assustam.
Você realmente acha que todos os assassinos organizados já existentes pensam ou pensavam dessa forma?
–
Sim...Eu acho que todos, ou ao menos, uma grande maioria via tudo isso
como diversão nesse ponto, e não um vício maluco como a maioria das
pessoas diria. Pra pensar em algo tão bem planejado, a ponto de não ser
descoberto por bastante tempo, ou nunca, você não pode ser um doente
mental que faz tudo isso porque acha certo, mas, toda essa falsa fama
que os assassinos levam, fazem o trabalho de se fazer parecer como um
psicopata alucinado valer a pena.
– Agora, a pergunta pela qual eu estava mais ansioso para ter a resposta: Porque se entregaram?
–
A Ali fez isso primeiro, mas, eu não poderia deixar ela se ferrar
sozinha, quando eu também participei de tudo. - Mike respondeu,
apertando minha mão com mais força, como sinal de união -
– Uma verdadeira prova de amor...Qual foi a causa disso, Alicia?
–
Bom, tudo começou com um pequeno joguinho do meu pai e de um velho
amigo, mais pra inimigo, da escola. Meu pai queria me colocar fora do
mundo dos crimes, provavelmente querendo os holofotes só para os
assassinatos dele. Como o Brian me odiava, foi a pessoa certa para
ajudar meu pai e mantê-lo informado sobre o que eu fazia quando não
estava ocupada roubando, matando, etc...Eles, juntos, eram o Assassino
Misterioso, que arrumaram um jeito de colocar minhas amigas e o Mike
contra mim, pensando que, dessa forma, eu iria parar com os crimes.
Percebendo que mesmo assim eu não parei, eles tentaram me matar, sem
êxito, obviamente, e um dia, quando eu estava na floresta, ouvi uma
conversa deles, na verdade, um plano que estava sendo bolado para me
matar, e digamos que eu acabei os matando primeiro...Eu estava
totalmente obcecada para me vingar deles, e tudo aconteceu de forma
muito rápida, e no final das contas, eu acabei deixando impressões
digitais, por causa de toda a correria. Eu não sou idiota, não queria um
jogo de perseguição chato e cansativo, preferi me entregar logo, mas,
não sem um grande final, que foi o baile na escola, onde tudo aconteceu.
– Isso quer dizer que se seu pai não tivesse feito o que fez, provavelmente os crimes estariam sendo feitos até agora?
– Sim...- Mike respondeu, enigmático -
–
É, mas, foi melhor desse jeito... - completei, com um olhar meio
arrependido e baixo, como se estivesse envergonhada por tudo o que fiz-
–
Com certeza foi... - o repórter suspirou, retomando o fôlego e
continuando - Acho que algo que muitas pessoas querem saber é: Como
ocorreu essa mudança na personalidade de vocês?
– Eu...Eu acho
que já estava meio cansada disso tudo quando o baile ocorreu, devido à
tudo que já estava acontecendo. É claro que eu já mais pensei que essa
mudança ocorreria no começo, mas, depois...Depois que eu comecei a ver
os comentários que as pessoas faziam sobre mim, eu realmente descobri
que queria e precisava mudar, e foi assim que aconteceu. Acho que, uma
das pessoas pela qual eu deveria agradecer pela minha mudança é a minha
enfermeira na clínica psiquiátrica, a Marta...No começo, ela ficou com
medo de mim, é claro, quem não ficaria? Mas, com o passar do tempo, ela
foi percebendo que eu não era um monstro sanguinário, e foi se
aproximando mais de mim, e isso realmente me ajudou muito, e em fim...Eu
amo ela. - eu disse, sorrindo e parecendo estar realmente feliz em ter
mudado. Atuar, um ótimo modo para se dar bem. –
– É uma bela
história Alicia... - o repórter comentou, me encarando de forma
admirada. Uma palavra, seis letras, nenhuma revelação: idiota. - E com
você, Mike, como isso aconteceu?
– Não foi muito diferente de
como aconteceu com a Ali. Eu estava em um reformatório e até mesmo lá as
pessoas tinham medo de mim, e nossa! Isso não é algo normal...Eu fui
percebendo isso ao longo do tempo e descobrindo que eu realmente queria
mudar. - Mike respondeu, de forma que quase pareceu estar dizendo a
verdade para mim, e até pareceria, se eu não soubesse que estávamos
mentindo. -
– Alicia, Mike...Foi realmente ótimo fazer essa
entrevista com vocês, tenho certeza que muitas perguntas foram
esclarecidas, obrigada. - um chato e comum ritual de despedida foi
inicializado, aperto de mãos, agradecimentos, e mais coisas que eu
poderia ignorar em um segundo, se não fosse o fato de eu estar sendo a
Alicia boazinha que realmente mudou agora.
XXX
Horas
depois, já em casa, eu e o Mike estávamos em uma séria crise de tédio. O
que dois psicopatas podem fazer quando não são permitidos a matar?
Alguém que não quebra regras eu realmente não posso dizer, mas...Quem
disse que eu sou uma garota obediente?
– Eu tenho uma ideia, cafetão... - disse, encarando-o de forma maléfica e maliciosa -
– Que é...? - ele perguntou, sorrindo de volta, já que sabia que era seria algo um tanto divertido, pela minha expressão. -
–
Que tal uma surpresinha para o Taylor? Ele tem nos ajudado tanto
ultimamente...Deveríamos dar um presentinho à ele, você não concorda? -
questionei, fazendo uma voz um tanto provocadora, tirando meu canivete
da cintura e girando-o em minha mão, deixando bem claro qual era a minha
intenção para aquela noite. -
– É uma ideia realmente brilhante, Ali...O Taylor realmente merece.
–
É claro! Além disso, eu preciso de um pouco de sangue para me
divertir...O que é uma pessoa a menos no mundo? Apenas menos um idiota
para destruir a natureza! Estou sendo um verdadeiro anjinho por pensar
na mãe natureza! Iremos fazer algo muito ecológico esta noite. - eu
sorri inocentemente. Minha mente é realmente algo muito fértil quando se
trata de desculpas para fazer algo errado, e também quando se trata de
um pouco de atuação. Eu posso ser uma assassina, mas também consigo ser
mais inteligente do que muitos idiotas por aí quando quero.
XXX
–
Então, qual é o plano? - Mike perguntou, enquanto eu passava o meu
típico batom vermelho-sangue, eu realmente sentia saudade dessa cor,
principalmente dela escorrendo por um corte feito pelo meu querido
canivete. -
– Se formos vistos em alguma festa isso pode ser
arriscado, então, nada de boate por enquanto. - eu disse, me virando
para encará-lo - É simples, saímos daqui, escolhemos uma vítima
qualquer, e a diversão começa.
– Sim...Mas, temos que ter alguns
cuidados: sem cortes em formato de X, sem recadinhos, sem nada que
possa nos incriminar. - Mike disse, encarnado-me de forma penetrante,
como se soubesse que eu era totalmente contra isso, já que esses eram
alguns pontos divertidos em matar. -
– Ok, você está certo. -
admiti, suspirando - Nada de Assassino X por enquanto, apenas
assassinatos não identificados. Ao menos já é alguma coisa...
–
Anime-se, Ali... - Mike chegou cada vez mais perto de mim, sussurrando
suas próximas palavras ao pé do meu ouvido - Não vai ser emocionante
todo o sangue jorrando dos cortes, todos os gritos de socorro sem serem
ouvidos? Todo o tumulto que isso gerará dentro da policia quando o corpo
for descoberto? Alguns olhares assustados para nós novamente...O Taylor
morrendo de raiva, sem poder dizer nenhuma palavra... - ele deu um
chupão no meu pescoço, me exitando. Ele estava certo, mesmo sem as
tradicionais marcas registradas do Assassino X, tudo aquilo ainda seria
perfeito, como sempre foi. -
– Você está certo... -respondi,
ainda meio êxtasiada pelo chupão - Vamos? Eu mal posso esperar para
fazer cortes depois de tanto tempo.
A escolha da vítima foi algo
bem fácil e simples: Quando não se tem um alvo determinado, você passa a
perceber que qualquer um vai ter reações tão desejáveis quanto as
outras ao perceber que estavam no lugar errado e na hora errada. Porém,
alguns pequenos detalhes podem fazer a diferença: pedidos escandalosos
de socorro, tentativas de suborno e outras negociações, medo excessivo,
orações....Cada pessoa tem uma forma própria de reagir a um assassinato.
A minha? Para mim, assassinatos são uma perfeita forma de prazer
inigualável.
A nossa vítima seria uma mulher de cabelos
castanhos claros e lisos na altura do ombro, que flertava com alguns
homens em uma rua um tanto deserta, talvez tivéssemos que matar os caras
que estavam junto com ela, apenas por garantia de segurança (Lê-se:
Apenas por puro prazer).
Abordá-la foi uma tarefa simples e
fácil: o Mike simplesmente chegou perto dela, que também começou a
flertar com ele. Uma verdadeira puta, eu diria...O segundo passo foi
apenas, amordaçá-la, amarrá-la e levá-la para o nosso "covil" secreto:
um galpão abandonado no meio do nada.
– O que vocês querem? - a
mulher, que se chamava Clair gritou, assustada. Tão corajosa nas ruas,
mas na verdade, tão medrosa e tão fraca...As pessoas precisam medir a
coragem, não lidando com pessoas fracas e inúteis, mas sim, lidando com
quem realmente pode exercer algum poder sobre elas ou sobre algo
consideravelmente importante. -
– Seu. Sangue. - respondi, com o
sorriso mais psicopata já existente. Depois de pouco mais de dois meses
sem matar ninguém, autocontrole não era lá a coisa mais importante do
mundo, estando em um galpão mais que secreto e com uma vítima perfeita.
–
Olha aqui, eu sei muito bem quem vocês são, e também percebi que vocês
estão fingindo ser bonzinhos, e se não me soltarem agora, eu juro que
ligo para a policia! - Clair disse, nos ameaçando e pegando com
dificuldade o celular em seu bolso, já que estava com o corpo amarrado
em uma cadeira. -
– Oh, céus, que medo da polícia! - Mike ironizou, rindo. - A polícia está nas nossas mãos, querida.
–
Sim...A polícia, o FBI, e agora...Você. - tirei minha arma do coldre e
soltei a trava de segurança, mirando para o celular na mão da mulher e
apertando o gatilho, fazendo o aparelho se resumir a alguns destroços. -
– V-você... - Clair parecia estar chocada. Embora eu não
tivesse machucado nem um pouco a mão dela, a mulher tremia e chorava,
totalmente em pânico. -
– Sim, eu acabei com o seu celular com
um tiro...Sua mão está intacta, queridinha, pare de ser tão medrosa!
Porém, você não vai ficar totalmente intacta por muito tempo. - sorri,
mostrando a ela meu canivete, que já estava com a lâmina a mostra, que
reluzia por causa da fraca luz que havia no lugar. - Que a volta do caos
comece...
– V-vocês são monstros! - a mulher gritou, enquanto
observava o canivete, horrorizada - Porque não me soltam? E-eu juro que
não conto nada à ninguém! Escolham outra vítima, por favor! - Clair
implorava por sua vida, fazendo as lágrimas escorrerem cada vez com mais
intensidade. Ela não fazia ideia do que esperava por ela. Reclamando e
implorando tanto, antes mesmo do primeiro corte...Qual seria sua reação
ao estar em seu último suspiro de vida? Eu realmente não queria esperar
muito para ver. -
– Talvez porque com você gritando dessa forma,
só deixe tudo mais divertido para nós? - Mike respondeu, questionando -
Apenas fique bem quietinha...Não vai doer, só vai ser a pior sensação
que você já sentiu em sua vida. Você não precisa ter medo...Somente
precisa ficar mais horrorizada do que em qualquer situação de sua vida.
Seremos bonzinhos com você, seu sangue não será usado para nenhum
recado, você não vai sofrer tanto quanto muitos que já passaram por
nossas mãos.
– Ele está certo, Clair...Você tem muita sorte! E
então, vamos começar logo com isso, queridinha? Quanto mais rápido
começarmos, mais rápido tudo vai terminar e você estará livre de nós, e
de todo o resto que te atormenta nesse mundo, não vai ser legal? Embora
eu goste de fazer meu trabalho bem direitinho, e bem lentamente, prometo
que não será pior do que nada que eu já fiz, tudo bem?
– Seu monstro! - Clair gritava, se remexendo cada vez mais na cadeira, em tentativas mal sucedidas de sair dali -
–
Shh, fique quietinha...Não quer assustar o ar, quer? Ninguém irá te
ouvir por aqui, meu amor... - Mike disse, com um sorriso maléfico para
ela, pegando outro canivete e me encarando, como um sinal de que
devíamos começar logo com o nosso trabalho -
– Não vai doer nada,
eu prometo... - indaguei, chegando cada vez mais perto de Clair, e
fazendo um corte perfeito, grande e profundo em seu rosto, pelo qual o
sangue escarlate começou a jorrar docemente. Nunca me senti tão bem em
toda a minha vida.
O sangue brotou no corte a partir do momento
em que meu canivete afiado encostou na pele de Clair, e foi uma das
melhores sensações - se não a melhor - que eu poderia ter em minha vida.
Eu me sentia viva novamente, me sentia mais forte, mais feliz...Eu me
sentia novamente no meu lugar, porque é isso que eu sou: uma assassina. O
sangue continuava a jorrar, de forma prazerosa para mim e para o Mike, e
de forma aterrorizante para Clair, que gritava de dor, pedindo socorro.
A cada grito, ela percebia que o fluxo de sangue só aumentava, então,
tentou se conter, mas não com muito sucesso. Antes mesmo que ela pudesse
se dar conta, o vermelho escarlate do sangue estava tomando conta de
seu rosto, e eu só sabia de uma coisa: eu queria aquilo, cada vez mais.
---
Comentários ou eu farei vocês perceberem que o que a Alicia e o Mike já fizeram até
agora em todos os seus crimes juntos não é nada comparado ao que eu
posso, quero e vou fazer com vocês, queridos leitores, se não me derem
reviews?
Cutting & Blood'
*xoxo*
Lady suicide'
-->*<--