Hey, Hey, Hey!
Olá, mortos-vivos! Sei que era pra eu ter postado na semana passada,
mas, não pude, porque tenho outra fanfic, então, resolvi que vou postar
semana sim, semana não, postando cada semana uma das fanfics, ok?
Vamos logo a essa droga de capítulo!
Vamos logo a essa droga de capítulo!
2ª Temporada - Capítulo 7
Masters in Practice of Game
No dia seguinte, finalmente iríamos voltar para L.A. e tudo
começaria de novo, só que, obviamente, de uma forma pior, bem pior. Mas, a
noite não havia deixado nada á desejar, nem um pouquinho...Sabe qual é a melhor
parte do sexo? Orgasmos, e, pois é, a noite realmente tinha sido perfeita, tudo
que a garota mais sadista do mundo poderia desejar...
- Olá, Mike, é bom revê-lo. - Taylor disse, ao ver o Mike,
que estava parado ao meu lado - Alicia.-a voz dele ao pronunciar meu nome foi
bem mais fria, o que me deu um ótimo motivo para arrancar a cabeça dele fora do
corpo, mas, não, eu não fiz isso. -
- Eu diria o mesmo, Taylor, mas, seria mentira. -
Mike respondeu, totalmente frio, sem dúvidas ele havia notado a forma como o
filho da puta do Taylor havia se referido a mim, e ,bom, assim como eu ele sabe
perfeitamente como jogar... -
- Olá, querido Taylor, acho que você se esqueceu de como eu
devo ser tratada, certo? - me aproximei dele, cada vez mais provocante - Será
que eu vou ser obrigada a lhe ensinar como parar de respirar?
- Sem dúvidas não, Alicia. - ele ainda foi frio, mas, tinha
entendido o recado, ainda bem, porque ele me irrita. Tipo, muito. Tipo, pra
caralho mesmo. Odeio o modo ridículo como ele somente age como eu quero
depois de uma ameaça, como ele insiste em dar as regras, que droga! Não é
porque ele é o chefe metido a besta do FBI que pode me tratar assim, e, algo me
diz que ele também não acredita nas minhas ameaças, o que me deixa mais
irritada ainda...Vai ser uma pena para ele quando eu não precisar mais de seus
serviços, quando eu estou com raiva o meu canivete perfura muito mais fundo e
de forma muito mais cruel e dolorosa...
- Ótimo. E, espero que eu não precise repetir isso nem mais
uma vez...
- Não vai precisar. Agora entrem no carro, acho que estão
querendo voltar logo para Los Angeles tanto quanto eu. - dei de ombros e entrei
no carro, fui no banco de trás junto com o Mike, e, antes que perguntem, não,
eu não transei com ele lá, eca. Mesmo assim, eu estava separada dele a dois
meses, precisava ficar o mais perto dele possível. -
O aeroporto era meio longe, então, eu aproveitei esse tempo
para fazer um pequeno teste com o Taylor, mesmo eu tendo a situação sob
controle, estava perfeitamente ciente de que ele poderia ser uma caixinha
de surpresas, afinal, ele é o chefe do FBI, e, sim, eu sei que pareço bipolar
dizendo isso: uma hora eu digo que mesmo sendo chefe do FBI pra mim ele ainda é
um idiota e depois falo que ele é o chefe do FBI como algo realmente grandioso,
mas, foda-se. Pra mim ele ser chefe do FBI não é grande coisa, mas, o FBI pode
até ser, ou ao menos o que eles podem fazer....Eu não sei o que ele fez
enquanto eu estava no reformatório com o Mike, nada além do fato dele ter
comprado bebidas e cigarros pra nós dois, mas, ele teve tempo suficiente de
planejar algum tipo de emboscada, e, eu tinha que saber se ele realmente tinha
feito isso ou se eu não precisaria colocar a lâmina do meu canivete em
evidência...
- E então, Taylor...O que você fez essa noite? - qual é,
vocês em sã consciência não esperavam que eu ficasse de rodeios, esperavam? Eu
sou Alicia Montgomery, não tenho medo de absolutamente nada, então porque não
ir logo direto ao ponto? -
- O que você mandou, Alicia. Comprei o que você disse e
cuidei de coisas para que tudo continue como antes... - ele fez uma pequena
pausa - A propósito, as coisas estão aí atrás, mas, tenho certeza que vocês
estavam ocupados de mais se beijando para perceber isso.
- Nossa, eu realmente não tinha percebido. - falei, com uma
voz incrivelmente doce - Qual parte do “antes”? - agora eu já estava muito mais
ardilosa, minha voz era afiada como uma faca, não medi esforços para não
parecer desconfiada, porque, dã, eu realmente estava desconfiada, e, não tenho
medo do Taylor, ele é só mais um babaca...Com um pouquinho mais de poder do que
os babacas habituais. É, isso foi meio estranho, mas, é a verdade. -
- O antes exatamente como você quer. Não confia em mim,
Alicia?
- Acho que a reposta para essa pergunta é meio obvia,
Taylor, é claro que não.
-É bem a sua cara desconfiar de tudo...
- Desconfie até de sua própria sombra, Taylor, as pessoas
não são o que aparentam ser...Achei que você já tinha aprendido essa lição
antes...
- Achei que a lição era “nunca confie em garotas
sensuais com sangue frio”.
- E era, até eu decidir que você já deveria ter sacado que
eu não confio em você.
Ninguém desconfiava nem um pouquinho que eu sou o assassino
x, as pessoas não são o que parecem ser, você aceitou essa chantagenzinha
barata de forma fácil de mais...
- Você ainda acha a chantagem que está fazendo pequena? -
agora ele realmente parecia estar surpreso - Você pode acabar com a minha vida,
com tudo que eu demorei anos para construir em segundos! E ainda acabar com a minha
vida de verdade...
- Isso é tão pouco, Taylor...Eu estou sendo mais boazinha
do que pareço estar, poderia fazer tantas coisas piores...Tantas coisas mais
divertidas...Eu poderia fazer coisas que você não conseguiria imaginar nem pela
metade.
- Eu realmente prefiro não tentar imaginar.
- Sábia escolha. Agora, apenas me responda: Você não está
tramando nada, está? Porque se estiver, você vai se arrepender, ah, vai...E,
muito. Então, é melhor que você esteja falando a verdade quando diz que só fez
o que eu te disse, porque se for mentira e você estiver realmente tramando
algo...
- Que Droga, Alicia! Eu não estou tramando nada, porra!
Porque você não acredita logo? Você vive colocando um canivete na minha
garganta e tem a minha vida nas suas mãos, eu não vou armar nada contra você,
que droga! - Awn, ele estava estressadinho... Que fofo! Ao menos agora eu sei
que ele está falando a verdade. -
- Ok, agora eu acredito! Ah, foi um enorme prazer deixar
você irritado, Taylor...
- Você tá quase fazendo ele querer se suicidar, vadia... -
Mike, que até agora estava somente assistindo a cena falou, sorrindo e olhando
diretamente pra mim -
- Que nada, cafetão..Isso é apenas o começo.
- Eu sei, e, com certeza a parte mais interessante é o
final.
- Vocês podem por favor parar com essa conversa macabra
como se fossem dois leões famintos falando sobre como vão pegar a presa? Estão
me deixando nervoso.
- Eu nunca disse que não iria te deixar nervoso, Tay.. - eu
disse, de uma forma meio divertida - E, talvez essa realmente seja uma boa comparação...
- Como leões famintos que querem devorar e dilacerar cada
centímetro da pele da presa..Ótima comparação. - Mike completou, sorrindo de
uma forma macabra, esse é o meu cafetão... -
- Foi uma comparação extremamente fofa, eu diria..
- Parem! Pelo amor de Deus, chega! Vocês sabem que vão ter
que se comportar por um tempo, então, por favor, já podem ir treinando. - pela
forma como falava, Taylor realmente estava um tanto incomodado pela forma como
eu e Mike falávamos de coisas tão brutais como se fosse algo natural -
- Ok, Taylor, eu já entendi, a gente para. - eu disse,
agora séria -
- Ótimo, obrigada pela consideração. Agora, eu preciso
falar umas coisas com vocês.
- Hmm, coisas...Interessante. Que coisas? - mostrei um
interesse quase surreal, enquanto na verdade preferia ser surda ao invés de ter
que ouvir o que ele iria dizer. -
- Bom, vocês querem que tudo seja como antes, querem
enganar as pessoas como antes, mesmo eu achando que isso vai ser um tanto
complicado. As pessoas querem respostas ás perguntas, á imprensa quer respostas
as perguntas deles, então, eu prometi entrevistas com vocês, o que vai ajudar
bastante a mudar a imagem que todos tem em mente sobre vocês, ou seja, ajam
como pessoas, não como psicopatas.
- Vou tentar não ficar pessoalmente ofendida com esse seu
ultimo comentário... - não, eu não fiquei ofendida, e, na verdade não faço a
mínima idéia do porque de ter dito isso. -
- Entrevistas? Somos famosos agora? - Mike perguntou, frio
e quase como uma pergunta retórica. -
- Você está de brincadeira, não é? O mundo inteiro conhece
vocês.
- Acho que o termo correto seria “o mundo inteiro odeia
vocês”. - eu disse, sem expressão. -
- Só a grande maioria deles, mas, vocês tem fãs, e, eu falo
sério. Uma garota invadiu minha casa usando uma tesoura como arma me mandando
soltá-los... - eu quase não acreditei no que ouvi, e, simplesmente comecei a
rir, muito, muito e muito. Foi o maior ataque de riso que eu já tive na minha
vida, ou, quase isso. -
-Você tá falando sério? - perguntei, tentando parar de rir
e recuperar o fôlego -
- Mais do que sério, e, não foi engraçado.
- Pra mim foi, Taylor, e isso é algo que você nunca vai
entender. - eu voltei a rir, era impossível parar, quase como se tivesse algum
tipo de gás do riso no ar, mas, eu simplesmente não conseguia parar de rir! -
- Acho que desse jeito você vai engasgar, vadia... - Mike
disse, olhando para mim, quase começando a rir também. - Você
precisa de um cigarro... - fiz que sim com a cabeça. Mike esticou o braço até o
outro lado do banco, onde havia uma sacola com cigarros, bebidas e drogas e
pegou um maço de cigarros. Peguei um, coloquei na boca, retirei o isqueiro no
bolso e acendi o cigarro, dando uma profunda tragada. -
- Qual é a graça disso? - Taylor perguntou, olhando
atentamente para o retrovisor como se nunca tivesse visto um cigarro na vida -
- Boa pergunta, caro Taylor. E, a
reposta é fácil: Eu gosto de tudo que faz mal pra mim.
- - -
Desembarcamos em Los Angeles, e, em poucas horas teríamos nossa
primeira entrevista de “reconciliação” com o resto do mundo, e eu não estava
nem um pouco animada pra isso, e, na verdade, o Mike também não. Entendíamos
perfeitamente o porque daquilo ser necessário, mas, isso não significa que gostávamos
disso, agir como anjinhos já estava ficando chato, mas, eu faria o que fosse
necessário para os meus planos darem certo, como sempre faço, e, dã, no final
eu iria acabar conseguindo o que queria mesmo, então porque não fazer logo de
uma vez? E, bancar uma boa garota sempre é divertido...
Eram poucos minutos antes da entrevista, que seria com um
jornal bem famoso de L.A., Taylor parecia mais nervoso do que em qualquer
momento que eu havia o visto, e isso me deixava um tanto contente, eu adoro ver
as pessoas alteradas, isso é fato. Então, como se tentando se acalmar, ele
repassou pela ultima vez as informações para respondermos a algumas perguntas
que poderiam ser feitas:
- Então, vocês já sabem, nada de masoquismo ou sadismo ou
nada de assustar os jornalistas ou algo do tipo, nada disso, tentem ser o mais
dóceis, educados e bonzinhos possível, e, se perguntarem, vocês foram soltos
por estarem total e completamente arrependidos do que fizeram e porque tiveram
um ótimo comportamento, e, se puderem façam um enorme e ótimo discurso de
pedido de desculpas...
- Discursos falsos? Já perdi a conta de quantas vezes já
fiz isso na minha vida, - Mike disse, meio vago -
- Relaxa, Taylor...Somos mestres em fingir essa coisa de
“eu sou uma boa pessoa”, fingimos na maior parte das nossas vidas, eu sei
perfeitamente como controlar meu lado malvadinho. - eu disse, no começo com uma
entonação meio despreocupada, e depois em um tom um pouco mais sexy. Provocação
é meu nome do meio, e isso é totalmente notável -
- Espero que você também saiba controlar o seu lado sexy,
Alicia. - Taylor disse, totalmente frio e mantendo a compostura, já que o Mike
estava presente, e sabia o quão arriscado poderia ser fazer aquele comentário
com o tom errado, mas, provavelmente ele falou do jeito correto, já que o Mike
não ligou nem um pouco. -
- Acredite, eu sei controlar todos os meus lados, Taylor,
embora o desejo de sangue fale mais algo na maioria das vezes... - Eu sei, eu
sei, eu pareci uma vampira falando isso, mas, eu não posso controlar o fato de
que assassinos em série são maníacos por sangue a um ponto quase impossível de
ser descrito, e, eu não sou uma exceção, dois meses sem matar alguém era pior
do que ficar dois meses sem comer, ou sei lá o que, mas, isso tem que mudar, e
muito rapidamente... -
- Alicia, - Taylor respirou fundo - eu realmente estou
tentando fazer tudo o que você me pede, porque eu realmente gosto da minha
vida, mas, acho que um pouco de colaboração não vai fazer você se tornar menos
má ou algo do tipo.
- Eu sei disso, Tay, mas, é que te provocar e te
perturbação desejos meus que vão além da compreensão humana, mas, eu prometo
tentar, não se preocupe com essa entrevista, eu sei fingir melhor que ninguém.
- Ótimo. O jornalista deve chegar em poucos minutos . -
Taylor estava certo, o jornalista chegou em menos de quinze
minutos, estávamos na minha casa, bom, ao menos a casa era minha antes de eu
ser mandada para aquele inferno, e, de qualquer forma, continuaria sendo minha,
e, eu tinha certeza que não haviam mexido uma faca do meu queridinho arsenal de
armas pensando que eu nunca mais sairia daquela clinica psiquiátrica.
Pobrezinhos...Deveriam ter tirado aquilo tudo aqui enquanto ainda era tempo, se
bem que não adiantaria em nada, eu conseguiria tudo de volta de qualquer forma,
ou melhor, o Taylor conseguiria pra mim. É isso que ele é agora, apenas um
escravo.
Vamos falar um pouco sobre o jornalista...O nome dele era
Chuck, e eu quase podia sentir o cheiro do medo - ok, agora eu pareço um
daqueles vilões dos filmes de terror que se alimenta do medo das suas vítimas,
mas, foda-se - Ele estava morrendo de medo, provavelmente haviam feito uma bela
oferta para que ele aceitasse fazer essa entrevista, ou, talvez, na mais
provável hipótese, havia uma grande consequência se ele não o fizesse, provavelmente
o emprego dele estava em jogo nesse momento. Como eu sei de tudo isso? Hahaha,
eu sei de muita coisa, sou ótima com teorias, e, na maioria das vezes estou
certa. E, com maioria eu quero dizer 99,9% delas.
- Alicia e Mike, certo? - ao menos ele não estava
gaguejando, já era algo a mais contando na sua escala de coragem, que beirava
os números negativos -
- É. - eu disse, sorridente e aparentemente fofa. Era bem
diferente fingir desse jeito do que fingir na clinica psiquiátrica. Lá, eu
tinha que me fingir de arrependida e assustada, agora, o papel da vez é uma
garota dócil, bondosa, arrependida e educada, é bem diferente, se você for
realmente prestar atenção nos detalhes. -
- É um prazer pra nós dois dar essa entrevista. - Mike
disse. Teste, aquilo era um teste e eu percebi imediatamente, quando você vive
em um jogo mortal, qualquer coisa que você diga pode ser encarada como a
resposta para um teste, por isso é tão importante calcular cada sílaba que será
dita, e, a partir do momento em que você é um mestre no jogo, você está pronto
ao suficiente para fazer um teste. O Mike sabe fazer isso, assim como eu. Até
onde o nosso querido jornalista mantém a formalidade? Precisávamos saber até
que ponto Chuck resistiria a formalidade e continuaria mantendo uma barreira de
afastamento de mim e do Mike por causa do medo, assim, teríamos uma pequena estatística
não proposital para ver até onde precisaríamos chegar para ter a confiança de
algumas pessoas. Pensamento de gênio, não acham? É por isso que somos os
mestres criadores do jogo, raciocínio rápido, lógico e vantajoso em pouco tempo
te garante uma ótima chance de se dar bem no meu mundo, no mundo onde jogo
limpo não existe.
- O prazer é todo meu em entrevistá-los, vocês são um
casal, correto?
- Sim. - eu e ele respondemos, em coro. -
- Ótimo, quando isso começou? O que veio antes: o
relacionamento amoroso de vocês, ou a parceria criminosa? - Mike olhou com o
canto do olho pra mim, dando a entender que eu deveria responder a pergunta. -
- Bom, tudo começou quando eu acidentalmente coloquei
fogo na escola em que eu estudava. - eu disse, parecendo meio arrependida de
ter feito o que disse, e de forma totalmente amável - Obviamente, eu mudei de
escola, e foi lá que eu conheci Mike, e eu me lembro que no primeiro instante
em que ele me viu já lançou uma cantada em mim, e, algo nada discreto se me
permite dizer, mas, não foi aí que o nosso relacionamento começou, na verdade,
ele teve inicio junto com o começo dos..dos cr-crimes. - atuar, um dos meus
maiores talentos...Porque eu gaguejei? Exatamente para parecer arrependida,
para parecer que lembrar disso era algo ruim pra mim. - - É, nós começamos a
passar bastante tempo juntos, então pode-se dizer que o nosso relacionamento
começou através dos crimes, mas, os crimes também se tornaram mais frequentes e
p-piores por causa do nosso namoro. - Mike completou, passando o braço em volta
de mim como um namorado protetor que tentava dizer para a namorada arrependida
que tudo ficaria bem. Atuação e mais atuação. -
- Parece ser uma história interessante...Então, uma coisa
foi consequência da outra.
-Exatamente. - disse, sorridente -
- Alicia, acho que uma das dúvidas mais recorrentes é: Foi
você quem realmente matou sua mãe, seu padrasto e o filho dele?
- S-Sim, f-fui eu. E, eu me arrependo. Muito.
Principalmente por ter matado minha mãe, mas, isso foi quase sem querer. -
respondi, buscando um lugar para olhar, como se Chuck fosse me julgar e eu
tivesse medo disso. Como eu ainda não fiz um filme?! -
- Sem querer? - o jornalista parecia meio confuso. -
- Sim, estávamos tendo grandes conflitos, ela fez um corte
em mim, meio que proposital, e eu revidei...Com mais intensidade, mais força,
mais ódio e mais raiva, e então, ela acabou morta. Mas, pode-se dizer que com
John e Lucas foi algo um pouquinho mais intencional, algo intencional que eu
n-nunca f-faria de n-novo. - tentei parecer meio nervosa, e, acho que tive
sucesso. Uma grande vontade de começar a rir cresceu dentro de mim, mas,
simplesmente a ignorei. -
- Ainda bem que todas as brigas familiares não acabam
assim.. - Chuck brincou, fazendo a mim e ao Mike rirmos falsamente, de forma
que parecia totalmente natural. E o teste acaba. Pelo visto o nosso jornalista
acredita bem fácil em atuações, e, não acho que seja assim tão diferente com o
resto da população - Bom, agora uma pergunta que o mundo todo quer saber: Por
quê?
- É uma boa pergunta, que seria melhor ainda se tivesse uma
resposta. - Mike disse, sorrindo e apertando minha mão, um belo sinal de “faça
um belo show, vadia.” -
- Como assim não tem resposta? - Chuck agora parecia mais
do que motivado a saber a reposta para a sua pergunta -
- E-Eu...N-nós simplesmente não sabemos porque fizemos tudo
aquilo, por diversão talvez..N-não temos motivos...Não é como se conhecêssemos
todas as pessoas que matamos e tivéssemos um motivo decente para ter feito isso
com elas, a gente apenas...apenas fez. Não tivemos um exato motivo, foi por
diversão, eu acho..Q-quer dizer, estar quebrando todas as regras, cometendo o
maior dos pecados juntos, parecia tão..tão divertido, tão legal, tão corajoso.
M-mas, agora.. - comecei a chorar fingidamente, e pude perceber Chuck ficar um
tanto preocupado com o meu estado psicológico - Se eu pudesse mudar o passado,
eu simplesmente não repetiria nada disso, não começaria a fazer nem meio corte,
eu realmente me arrependo mais do que tudo, nós nos arrependemos mais do que
tudo..Cada vida que tiramos, tudo o que essas pessoas sofreram e tudo que
fizemos..Como assustamos a sociedade, t-tudo tão s-sangrento e horrível, todas
as famílias que ficaram desoladas com isso tudo, todas as pessoas que não se
sentiam mais seguras...E-eu mal posso acreditar que tivemos coragem de fazer
tudo isso, eu me sinto como se fosse o pior dos piores monstros... - eu chorava
desoladamente, e, Mike, também no seu papel, passou o braço em volta de mim e
me abraçou fortemente, me dando um beijo de consolo no topo da cabeça -
- Nós realmente nos arrependemos de tudo, e queremos mudar
isso, queremos dar um jeito de reparar o que fizemos, mesmo sabendo ser
totalmente impossível...Queremos provar que realmente mudamos. - Mike disse,
ainda me abraçando, é, a parte do abraço não era atuação -
Chuck ficou totalmente impressionado com cada palavras que
dissemos, com certeza essa entrevista foi muito útil, e, no final das contas,
Taylor pareceu mais impressionado do que eu achei que ficaria:
- O que foi isso? - ele perguntou, meio alegre e espantado
ao mesmo tempo -
- Isso, querido Taylor, é o poder dos melhores criminosos
que o mundo já teve... - eu disse, sorridente, só que dessa vez, sem
fingir - Você pediu para parecermos bons e arrependidos, foi o que fizemos.
- Vocês fizeram isso muito bem, na verdade, melhor do que
eu imaginava.
- Você não entende mesmo, não é, Taylor? Nascemos para esse
jogo, então, ditamos as regras.
- - -
Comentários ou
será que eu vou ter que despertar meu lado mais maléfico, e da forma mais cruel possível?
será que eu vou ter que despertar meu lado mais maléfico, e da forma mais cruel possível?
xoxo'
Lady Suicide'
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