domingo, 16 de dezembro de 2012

Capítulo 14 - My Vices

Hey, Hey, Hey!
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Capítulo 14 
My Vices
  
Acordei ofuscada por uma luz branca, eu já reconhecia aquela luz...Estava no hospital, de novo. Provavelmente o Fox me levou até lá depois que eu desmaiei nos braços dele...se ele não tivesse feito isso, talvez eu estivesse morta, então, uma dúvida: Eu fico grata ou chateada por ele ter feito isso?! Momentaneamente grata. Ainda tenho muitas pessoas de quem eu quero me vingar.
- Bela adormecida...Que bom que acordou. - os olhos azuis do Fox estavam olhando diretamente para os meus, eu não precisaria disso para saber que era ele, reconheceria aquela voz em qualquer lugar do universo. -
- Bela adormecida? 
- É, por quê?
- Acho que estou mais para vilã da história do que para princesa ou qualquer outra mocinha dessas histórias melosas...
- Essa é a Alicia, já acordando com um humor radiante! - debochou ele-
- Hahaha, o que você esperava, principe? Uma mini festinha apenas porque eu abri os olhos?
- É, com certeza não... Porque "principe''?
- Se eu sou a princesa...É claro que você é o principe.
- Eu realmente prefiro ser o vilão bad boy e seduzente da história...
- Ótimo, então não me chame mais de "Bela Adormecida" ou qualquer outro nome de mocinhas de contos de fadas.
- Ok. Mas, agora que você já acordou e eu tive como desfrutar da sua personalidade radiante, ou não tão radiante, mas, que mesmo assim me encanta...Que tal me contar o que aconteceu?
- Como assim eu te contar "O Que Aconteceu?"
- Você chegou no apartamento ensanguentada e com um corde enorme no braço. Como e porque isso aconteceu? E, como está seu braço?
- Ah, isso... Meu braço está melhor, dolorido, muito dolorido,mas, melhor...E, quanto a outra pergunta, não acho muito conveniente falar sobre isso aqui, no hospital.
- Entendo...
Nesse momento a enfermeira entrou no quarto com uma bandeja na mão, sabe o que isso significa? Comida de Hospital. ECA! Eu deveria matá-la simplesmente por me fazer comer esse veneno...É, um segundo assassinato, não seria tão ruim. 
- Alicia, bom dia! 
- Bom dia! - respondi, fazendo a minha voz de: adolescente normal que não fuma, bebe ou se auto-mutila e que nunca matou ou pensou em matar alguém. - 
- Está com fome?  Trouxe café da manhã para você!
- Hm, estou faminta! Obrigada.
- De nada. Irei deixar vocês dois sozinhos... - disse ela, olhando para o Fox - 
- Quer comer isso por mim? - falei - Eu ODEIO comida de hospital...
- Ei Ei Ei! Porque eu tenho que comer essa gororoba? Vamos a uma solução prática e rápida! - ele pegou a bandeja e despejo toda a comida no vaso sanitário, senti até pena dele... - 
- E então, quando vai me contar o que aconteceu? - disse ele, sentando-se ao meu lado novamente - 
- Já disse que não posso falar sobre isso aqui. Quando fomos para o apartamento eu conto, falando nisso, já sabe quando eu terei alta?
- Provavelmente hoje... o corte não foi muito grave...
- Ótimo, preciso agir o mais rápido possivel...
- Uau, você me impressiona mais a cada dia, Alicia... Acabou de acordar em um hospital, perdeu sangue de mais e já está  planejando seu próximo cri... - eu olhei pra ele com acusação, ele não deveria falar dessas coisas no hospital, então, ele simplesmente se calou e ficamos conversando sobre coisas que a maioria  das pessoas denominaria...Hm, normal. 
Poucos minutos depois a enfermeira  entrou no quarto novamente:
- Alicia, conversei com o médico e ele disse que você já pode ir embora, mas, se sentir algum tipo de dor no corte ou se ele voltar a sangrar volte imediatamente para o hospital, ok?
- Sim, prometo que vou voltar se algo acontecer! - Disse isso, mas, pensei outra coisa... Até parece que eu vou voltar pra esse fim de mundo...Eu já me cortei antes, e nunca precisei de um hospital...Quase nunca. - Mas, realmente, espero que não volte aqui.
- É, eu também não gostaria de revê-la nessas circunstâncias...
O sorrisinho aparentemente falso daquela mulher me dava nojo...  Finalmente pude sair daquele hospício! 
Chegando no apartamento, o Fox começou logo com o interrogatório:
- Ótimo, Alicia, já estamos no apartamento, agora, me diga...O que aconteceu?
- Ok, senhor policial, eu matei a minha mãe. - disse, fria, sem fingimentos ou rodeios. O que foi? Eu não tenho sentimentos de afeto com a minha "família". - 
- A-Alicia, você está falando s-sério? - ele disse, me olhando espantado -
- Sim, quer que eu te mostre onde eu deixei o corpo dela?
- Não, obrigado, m-mas, como aconteceu?
- Eu fui lá, queria apenas tirar algumas satisfações com ela e deixar algumas coisas bem claras, mas, ela começou a falar um bando de besteiras sobre mim, meu pai e outras coisinhas mais...A vadia pegou uma faca e fez isso no meu braço - disse, apontando para o corte - Então, sei lá, eu perdi a paciência... peguei meu lindíssimo canivete e bom, a matei. 
- Assim, a sangue frio?
- Fox, querido... Eu sou fria, a menos quando se trata de você... Confesso, eu fiquei abalada...meio abalada e em choque por um tempo, mas, depois, é claro que eu escondi o corpo, não iria deixar um corpo ensanguentado no meio da cozinha, não é?
- É, com certeza não. Mas, o que você vai fazer? Seu padrasto e seu irmão, o que vão pensar?
- Eles não vão saber que eu estive lá, eu limpei toda a bagunça, apenas devem notar o sumiço dela, avisar a mim e a policia...Como eu provei inocência no caso do incêndio provavelmente não irão me culpar...Se bem que o policial ouviu a minha briga com a minha mãe... Mas, dane-se, consegui provar falsa inocência uma vez, consigo novamente...
- Essa é a Alicia que eu amo! Estou começando a ficar com medo, Ali....Uma assassina, você seria capaz de me matar como fez com sua mãe?
- Matar sim...mas, de outro jeito, se é que me entende... - ele sorriu, malicioso, compreendendo meu recado - 
- Agora não, Ali, eu tenho que trabalhar daqui a pouco.. Está co fome? Você precisa comer alguma coisa, Alicia, está fraca...
- Não, eu tô com sede, me dá a vodka.
- Vodka? A essa hora da manhã? Quando você acabou de sair do hospital?  Não, Ali...
- Ah, porque não?  Que diabos, Fox! Me dá logo a vodka!
- Alicia, não...promete que fica aqui  e que vai tentar não fazer nenhuma besteira?
 - Ok, eu prometo...
Ele saiu do apartamento e foi para o trabalho...Não acredito que ele pensou mesmo que eu iria ficar aqui, sentada, olhando para o teto como uma dama indefesa, fala sério! Eu sou a Alicia, não a Cinderela...       
Abri o armário, peguei dois massos de cigarro, depois fui até a geladeira e peguei duas garrafas médias de vodka, sentei-me na cama e acendi três cigarros coloquei-os na boca e fumei os três ao mesmo tempo, era disso que eu precisava. Abri uma das garrafas de vodka e bebi bons e longos goles, as vezes parava de beber para tragar mais três ou quatro cigarros de uma só vez.
Dane-se se eu iria ficar bebada, dane-se se eu poderia vomitar, entrar em coma alcólico ou até mesmo morrer, cigarros e vodka me fazem bem, lavam minha alma, curam a dor...é um prazer inexplicável.
                    
Depois de quase uma hora bebendo e fumando eu já estava totalmente fora de mim, mal conseguia ficar em pé direito, fui cambaleando até a cozinha, peguei mais bebida e mais cigarros, a chave do carro que um dia já foi da minha mãe e entrei lá, liguei o carro, acelerei o máximo que pude e sai por aí, sem ao menos saber para a onde, dirigindo bebada, bebendo, fumando no carro e praticamente de olhos fechados, a 200 km por hora, os carros, motos, caminhões, ônibus e etc. tentavam desviar e por sorte conseguiam, eu estava totalmente sem limites, no que isso poderia resultar? Em um acidente.
      
Correndo quase estourando o motor de tanta velocidade, o carro se guiava praticamente sozinho, estava com as mãos desencostadas do volante, de repente outro carro em alta velocidade estava vindo na mesma direção, o que aconteceu? Os dois carros tentaram desviar, o que resultou em um acidente, os carros capotaram, duas vezes e pararam praticamente do meio da pista. Se eu sobrevivi? Intacta, sem nenhum corte...Acho que Deus, ou, sei lá, talvez Lúcifer estava mesmo querendo me castigar com mais dias, meses, anos de vida dolorosa, triste, sombria, e bom, sangrenta. 

Saí do carro sozinha, xingando metade do mundo mentalmente:
"Que porra, será que eu não consigo morrer não? Imortal, uhuu eu sou imortaal!"   
Até que eu me vi falando essas coisas:
- Porrrrque Deussssssxx? - falava com a lingua pesada por causa da bebedeira  - Tsssodo mundo morrrrrre menosxsxxx eu!
Algumas pessoas olhavam assustadas, outras, achavam graça...Mas, no meio delas eu só consegui enxergar aquele homem... aquele solhos verdes, eu os conhecia, tinha certeza.
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Hmm, vocês devem estar se perguntando, qual a ameaça da vez? 
Digamos que...O caixão aguarda por vocês antes da meia-noite, o motivo? É fator surpresa, irão comentar, não é?
Cutting & Blood'
*xoxo*
Lady Suicide'
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Um comentário:

  1. nossa to adorando essa fic tá boa d+ ha eu acho que esse homem é o pai dela beijus

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